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Fluminense voltou a ganhar, com Ganso dando pique de Usain Bolt. Cruzeiro amassou o Atlético de Minas Gerais, mas Rafael Cabral não ajudou. O Palmeiras tomou gol e ferrou 90% da nação cartoleira e o Fogão ainda está em lua de mel com seus 12 torcedores, mesmo com a derrota, e o Vaxcão.... ahhhh o Vaxcão.
Vamos aos destaques da rodada número 9!
A rodada começou com Fortaleza e Bahia, jogando no Castelão na tarde do último sábado. Joguinho de comadre, 0 a 0 e o resumo do jogo está aí em baixo:
Agora vamos ao jogo sério do sábado: Cruzeiro e Atlético de Minas Gerais jogaram no estádio Parque do Sabiá em Uberlândia, estado de São Paulo.
Em campo, dois times severamente castigados pela eliminação da Copa do Brasil e fora de campo, duas torcidas animadas pela volta do segundo grande clássico das Minas Gerais à série A do Brasileirão.
É difícil falar desse jogo, principalmente pela quantidade de torcedores celestes que temos na equipe da Cartomante FC. Mas vamos lá: aos 25 minutos do primeiro tempo, falta do meio da rua para o Atlético de Minas. A bola estava a cerca de 4 metros da meia lua. O que se espera de uma falta dessa?
Um cruzamento? Um lançamento? Um qualquer coisa, menos um tiro direto, afinal, não temos mais batedores de falta no Brasil. Sim, não temos mesmo e nem adianta querer discutir que Hulk, Davi Luiz e sei lá quem são batedores de falta.
O fato é que o incrível Hulk bateu um tiro direto e o goleirão Rafael Cabral não conseguiu chegar na bola. Falha? Talvez. Foi um canhão... muito rápido. Talvez se fosse mais alto... talvez se tivesse uma barreira melhor... mas é muita especulação.
Atlético MG 1 x 0 Cruzeiro e foi só! A partir daí o Cabuloso amassou, massacrou, detonou e bombardeou o seu rival. Mas não adianta nada, bola na trave não altera o placar (só no Cartola que altera). Falando sério mesmo, o Cruzeiro foi infinitamente superior ao Atlético MG: foram 18 finalizações contra 7 do alvinegro. 12 escanteios contra 4. 6 chutes no gol contra 3 apenas.
Para exemplificar: o Everson fez mais defesas do que as finalizações somadas de Hulk, Paulinho e Hyoran.
Wesley, atacante do Cruzeiro, que tem sido alvo de inúmeras críticas, jogou muito bem, e foi o melhor do time ao lado do lateral Marlon.
Após o gol, Hulk abraçou o treinador Coudet efusivamente. Nada como um gol após uma treta.
Atlético MG: 78,67 pts. Cruzeiro: 26,40 pts.
DOMINGO: 50 TONS DE ABEL.
O destaque de domingo foi sem dúvida alguma, o técnico Abel Ferreira: ele não tomou cartão!!!!
Após uma semana de intensas comemorações, afinal não é todo dia que se comemora 50 cartões na vida, o técnico do Palmeiras foi surpreendido com um trecho de entrevista polémico do canal do Thiago Leifert. Ao receber o jornalista André Hernan, o mesmo comentou sobre um café que tomou com um árbitro FIFA, no qual foi revelado que, de fato, existe uma pré-disposição em amarelar o treinador lusitano.
"...eu vou no bastidor de um cafezinho que eu tomei com um arbitro FIFA, e aí o tema foi Abel Ferreira. E esse árbitro FIFA me disse o seguinte: entre os árbitros no grupo deles, dos principais árbitros, já existe uma mentalidade de que, tipo assim, 'porra, o Abel hein? tem que... tem que chegar nele e meter um amarelo nele porque senão você perde o controle."
Numa boa? Eu vi e revi a entrevista e fiz questão de transcrever: na minha opinião, essa parte da marcação, pré-disposição e perseguição ao Abel ficou por conta da interpretação dos integrantes do programa e do resto da imprensa após a divulgação.
NOTA EXPLICATIVA: eu disse na minha opinião, e ela se baseia na fala do André Hernan. Repare que ele não diz que ouviu que existe perseguição... ele diz que ouviu que: já existe uma mentalidade de que, tipo assim, 'porra, o Abel hein? tem que... tem que chegar nele e meter um amarelo nele porque senão você perde o controle."
Então, até o informante aparecer e dizer "eu falei mesmo que tem perseguição", para mim, o comentário do árbitro FIFA remete a uma situação do tipo: "esse sujeito é pela saco pra caramba e por mais que você tente conversar com ele, ele simplesmente não melhora. Não hesite em dar o cartão amarelo, pois senão o jogo fica incontrolável.
E convenhamos, está errado? O Abel é um técnico respeitoso às ordens da arbitragem? Às normas da área técnica? Não precisa responder e também não precisa vir com a conversa de que "ahhh, mas os outros treinadores fazem o mesmo e não tomam cartão amarelo."
A questão aqui é uma só: pela regra do jogo, os cartões foram devidamente bem aplicados? Ponto. O Abel tomou cartões desde que chegou ao Palmeiras. CINQUENTA. Para chegarmos no ponto de levantar a suspeita de que existe uma perseguição contra o treinador, deveríamos apontar primeiro o seguinte:
1) Ranking dos cartões de todos os treinadores.
2) Concentração dos cartões por quadro de arbitragem, considerando a proporção de jogos administrados.
3) Comparar com os números com as demais equipes.
Eu tenho uma tendência para ver essa situação como similar à lei do EX.
Enfim, Palmeiras 3 x 1 Coritiba. Nação cartoleira que fechou os 5 defensores do Palmeiras não quer ver o Alef Manga nem pintado de ouro, o Abel não tomou cartão e vai continuar com o mesmo comportamento, e o Palmeiras começa a colocar as manguinhas de fora, mostrando que é o time mais preparado do Brasil.
O DINIZ VOLTOU?
Um outro destaque da rodada foi o Fluminense, que voltou a ganhar após um jejum de 5 jogos.
A semana foi osso para o Fluminense: Diniz muito questionado após a eliminação da Copa do Brasil para o Flamengo e muitos memes de "eu avisei" rolando na internet.
Isso é coisa de brasileiro comum que gosta é de reclamar. Fernando Diniz faz um belo trabalho com o Fluminense, elogiado inclusive por Gabriel Barbosa durante a polêmica entrevista ao Eric Faria após a partida. Todo time passa por um período de crise. Todo atacante passa por um período de jejum de gols.
O grande X da questão é: como lidar com essa fase para passar dela o mais rápido possível. Em uma época de app de encontros amorosos, o torcedor que fica 2 meses sem degustar a lasca do salmão é o mesmo que critica o Cano de ficar 5 jogos sem marcar gol. O torcedor tem que relaxar, pois o Cano vai entrar na hora que ele menos perceber.
O jogo começou com o Bragantino pressionando: até os 19 minutos do primeiro tempo, o Fluminense não tinha nenhuma finalização e o Bragantino já somava 3, sendo a última, um belo chute do Ramires e uma bela defesa do Fábio.
Mas aos 26, Realpe perdeu a bola no meio campo e o tricolor arrumou um contra ataque mortal com Arias pela esquerda. Garoto rápido na arrancada, cruzou a bola para ele, GERMAN CANO!
OPA OPA OPA: não foi o Cano não. Por increça que parível, quem deu a arrancada e atuou como centro avante foi o Ganso. O meia tricolor deu um pique de 159 km/h e marcou o primeiro do Flu: um golaço, chapa do pé, sem defesa para o Cleiton.
Logo depois, aos 33', escanteio para o Fluminense: Ganso bateu, Lima mandou na trave e no rebote, Felipe Melo marcou o segundo.
E nos acréscimos, esse lance:
Na segunda etapa, aos 8', Borbas marcou para o Bragantino em um chute de frente para área, que passou pelas pernas de Martinelli. Fábio, aprisionado pelo contra pé, só olhou a bola entrar.
A partir daí, só dois lances importantes no jogo: aos 30', Lelê desperdiçou boa oportunidade dentro da área e chutou fraco para a defesa do Cleiton. E já nos acréscimos, o Bragantino desceu no contra ataque e Borbas tocou para Mosquera finalizar na rede pelo lado de fora.
Fluminense 2 x 1 Bragantino. Diniz está de volta no game.
VASCO DA GAMA X FLAMENGO: SEGUNDA FEIRA, 20H.
Sem dúvidas o jogo mais intenso e mortal da rodada: até os 13' do primeiro tempo o Flamengo não viu a cor da bola. O Vasco amassou, subiu a marcação, roubou bola, pressionou a saída do Flamengo até que Giorgián de Arrascaeta....
O mundo precisa parar e olhar o Arrascaeta jogar bola: domínio, condução, visão de jogo, tranquilidade, sutileza, precisão. Não tem igual.
Aos 13'50'' da primeira etapa, o Flamengo desceu pela esquerda, Pedro recebeu e tocou para o uruguaio: que drible em cima do Orellano. Jogada típica de Arrascaeta que só poderia ser parada na falta mesmo, mas o árbitro aplicou a lei da vantagem, e Erick Pulgar meteu um balaço: golaço do chileno!
Desde o jogo contra o Fluminense, Erick Faria - repórter da Globo - já havia cantado a pedra que o Pulgar é bom de bater falta. E esse chute foi quase uma falta mesmo.
Ainda tentando entender o que aconteceu, o Vasco deu a saída de bola e aos 15' e o Flamengo desceu pela direita com Arrascaeta e fez isso aí:
Um golaço! Claudio Coutinho deve ter ficado feliz e mandado refazer o manual do ponto futuro. Uma pintura, um gol daqueles para a gente lembrar o resto da vida. Flamengo 2 x 0 Vasco.
Aos 29' do primeiro tempo o Vasco teve a sua última chance de se reerguer no jogo: Pedro Raul recebeu pela direita, na entrada da área e mandou a bola na trave, na saída de Mateus Cunha, e no rebote, Galarza desperdiçou.
A partir daí meu amigo, foi só passeio, pois na sequência desse lance, o Flamengo armou o contra golpe e ele, DE ARRASCAETA, na entrada da área pela esquerda, mandou um balaço no travessão.
Aos 41', Matheus França passou liso pelo Pumita Adnet Rodriguez e tocou para Ayrton Lucas, dentro da área, marcar o terceiro do time rubro negro. Gol de Ayrton Lucas, mas na súmula o árbitro deu o gol para o Pedro. Pois é... a ponta da unha da pulga que estava na ponta da trava da chuteira do camisa 9, bateu na bota por último.
Aos 46', Gerson deu um belíssimo lançamento para Ayrton Lucas, que acelerou, tomou pancada, não caiu e fez um golaço digno de Romário. Flamengo 4 x 0 Vasco.
A torcida cruz maltina protestou, xingou mas, se conformou, e foi embora durante o intervalo. A batada do Barbieri, trago essa rosa para lhe dar, já estava assando no forno (parece que queimou, pois até o momento dessa publicação, ela ainda estava no forno).
Aos 12' da segunda etapa, penalti cometido por Gerson. Jair converteu e descontou.
Flamengo administrou o resultado e guardou para quinta feira na libertadores.
Resta saber: guardou o que?
Lição do jogo: Sampaolli deixou Ayrton Lucas voltar a jogar bola.
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Rafael Lobato (Cuiabá | Equipe Cartomante FC).
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